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Taxas de Juros sobem no Brasil, apesar da queda nos EUA

Investidores realizam lucros em meio à incerteza econômica

Por J1 em 05/02/2025 às 18:04:11

As taxas de juros futuras no Brasil subiram na quarta-feira, 20 de fevereiro de 2025, principalmente nos contratos de longo prazo. Isso ocorreu apesar da queda nos rendimentos dos Treasuries nos Estados Unidos, após dados econômicos inesperados.

A taxa do DI para julho de 2025 fechou em 14,155%, enquanto a de janeiro de 2026 atingiu 14,955%. Contratos de longo prazo, como janeiro de 2031 e janeiro de 2033, também registraram altas significativas.

Essa alta se deu em contraste com as quedas recentes, impulsionadas pela expectativa de negociações, e não guerra comercial aberta, sobre tarifas impostas pelos EUA a outros países. Investidores realizaram lucros, comprando dólares e aumentando a demanda por taxas de juros.

Um operador de um grande banco de investimento comentou à Reuters sobre a escassez de liquidez e ordens de venda, justificando a abertura da curva a termo no Brasil.

"A liquidez e as ordens de venda de taxa estavam escassas, o que justificava a abertura da curva a termo no Brasil." concluiu o operador.

Nos EUA, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) do setor de serviços caiu de 54,0 em dezembro para 52,8 em janeiro, abaixo do esperado. O rendimento do Treasury de dez anos caiu 9 pontos-base, para 4,422%.

No Brasil, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou que a reforma do Imposto de Renda, com isenção para quem ganha até R$ 5.000, terá compensação fiscal.

"Nenhuma renúncia fiscal no Brasil pode ser feita sem compensação", afirmou Haddad. "O presidente Lula vai anunciar quando conveniente", acrescentou.

A proposta inclui tributação sobre a alta renda para compensar a isenção para a base da pirâmide. O mercado continua precificando alta de 100 pontos-base na Selic em março, com divisões sobre o encontro de maio. Atualmente, a Selic está em 13,25% ao ano.

O mercado de opções de Copom da B3 na terça-feira precificava 30,50% de probabilidade de alta de 50 pontos-base da Selic em maio, 24,50% de chances de elevação de 75 pontos-base e 23,50% de probabilidade de alta de 100 pontos-base.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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