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Justiça manda Ruan Macário pagar pensão à família do motoboy, morto em atropelamento

A decisão da Justiça Paraibana estabeleceu que Ruan Macário pagasse 2/3 de 1,5 salário mínimo à família da vítima. Segundo a família de Kelton Marques, nenhuma parcela foi paga até o momento.

Por J1 em 26/06/2024 às 17:49:43
Ruan Macário acusado no caso Kelton Marques ?- Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Ruan Macário acusado no caso Kelton Marques ?- Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

A Justiça decidiu que o vendedor Ruan Ferreira de Oliveira, mais conhecido como Ruan Macário, condenado a 13 anos e quatro meses de prisão pelo atropelamento e morte do motoboy Kelton Marques, deve pagar pensão à família da vítima.

A decisão liminar foi expedida pela 4° Vara Mista de Santa Rita no dia 15 de maio de 2024, mas se tornou pública nesta quarta-feira (26).

O j1 tentou contato com a defesa de Ruan Macário para falar sobre a decisão, no entanto, não recebeu retorno até a última atualização desta notícia.

De de acordo com a família do motoboy, nenhuma parcela da pensão foi paga. A decisão da Justiça paraibana estabeleceu que Ruan Macário pagasse 2/3 de 1,5 salário mínimo como modo de contribuir para o sustento da esposa e das duas filhas menores de idade de Kelton Marques, que foram diretamente afetadas pela morte do provedor da família.

De acordo com a decisão judicial, a pensão deve ser paga até o ano em que a vítima completaria 73 anos de idade, estimativa de vida estipulada pelo IBGE.

A defesa da família de Kelton Marques não quis comentar a respeito da decisão da Justiça.

Entenda o caso

O entregador Kelton Marques morreu após ser atingido por um carro em alta velocidade, no Retão de Manaíra. Moradores da região afirmaram que a colisão aconteceu por volta das 4h da manhã. Ruan Macário foi acusado de dirigir o veículo envolvido no acidente e fugir do local, sem prestar socorro.

Após 10 meses foragido, Ruan Macário se apresentou à polícia na presença do advogado. O mandado de prisão preventiva que estava em aberto contra ele foi cumprido imediatamente. Ele foi interrogado pelo delegado Miroslav Alencar, mas ficou em silêncio e responderá apenas em juízo. Em seguida, foi encaminhado para o presídio de Catolé do Rocha.

No dia do acidente, a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada, mas quando chegou a vítima já estava sem vida.

Kelton Marques tinha 33 anos, duas filhas e morava em Santa Rita. Ele trabalhava em um restaurante que atendia nas madrugadas, e na hora do acidente já tinha terminado as entregas do dia e voltava para casa.

Ruan Ferreira de Oliveira, mais conhecido como Ruan Macário, foi condenado a 13 anos e quatro meses de prisão por atropelar e matar o motoboy Kelton Marques. A decisão foi tomada em júri popular nesta segunda-feira (18), em João Pessoa. O motoboy foi morto em setembro de 2021.

O julgamento começou pouco antes das 10h e durou quase 12 horas. Ruan Macário foi condenado por homicídio com dolo eventual, que é quando se assume o risco de matar. Ainda foi colocada uma qualificadora, já que o motoboy foi pego de surpresa, sem chance de defesa. O júri acatou na íntegra a tese do Ministério Público A juíza Francilucy Rejane fixou a pena em 16 anos, mas como o acusado é réu primário ela acabou sendo reduzida.

Família de Kelton Marques, motoboy morto em acidente causado por motorista que dirigia a 163 km/h no momento da batida — Foto: Kamila Marques/Arquivo pessoal

Família de Kelton Marques, motoboy morto em acidente causado por motorista que dirigia a 163 km/h no momento da batida

Com o impacto, a vítima chegou a ser arremessada e a motocicleta teve destruição total. O carro ficou parcialmente destruído.

De acordo com o delegado do caso, Luiz Eduardo, latas de cerveja e substâncias entorpecentes estavam espalhadas pelo carro de Ruan Macário.

O acidente aconteceu no sentido que vai para a orla da capital, quando o condutor do carro passava pela Flávio Ribeiro e o motociclista cruzava pela Mirian Barreto. A força do impacto chegou a derrubar o muro de um residencial que fica no local.


Fonte: Da Redação com g1

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