Um suspeito de compra de votos foi preso em flagrante, na tarde da sexta-feira (4), enquanto distribuía cestas básicas no bairro da Cohab, no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, segundo a Polícia Federal (PF). Imagens enviadas ao Canal Globo mostram o carro usado para distribuir os alimentos com materiais de campanha de Keko do Armazém (PP), atual prefeito do município e candidato à reeleição.
Nas imagens, é possível observar quando uma pessoa filma as cestas básicas no porta-malas e os materiais de campanha em caixas no banco do passageiro. Outra filmagem mostra um homem de camisa rosa retirando uma das cestas de dentro do carro filmado durante a noite e levando para dentro de uma casa na Rua José Aciole Cavalcanti.
"A abordagem policial se deu a partir da análise de imagens de vídeo na qual o suspeito aparecia em um veículo fazendo a entrega de cestas básicas a moradores do município, vestindo uma camisa com o slogan de um candidato a prefeito", afirmou a PF, em nota.
Ainda no texto, a Polícia Federal informou que:
- o homem preso é suspeito de cometer crime de corrupção eleitoral ativa;
- a pena para esse tipo de crime, prevista no artigo 299 do Código Eleitoral, é prisão de até quatro anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa;
- o suspeito estava acompanhado de mais quatro pessoas no veículo;
- todos foram liberados após prestar depoimento e "serão investigados pela prática dos crimes de corrupção eleitoral e associação criminosa".
A Polícia Militar informou que acompanhou a operação da PF. Procurado pelo j1, o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) disse que não há registro do caso na Justiça Eleitoral.
O que diz a defesa
Em nota, os advogados da coligação "União pelo Cabo", de Keko do Armazém, afirmaram que os suspeitos são ligados a uma candidatura de uma chapa de vereador.
"Todos os detalhes ainda serão devidamente apurados e, de forma oportuna, os esclarecimentos apresentados, caso ainda se faça necessário", disse a defesa, no texto.
A nota é assinada pelos advogados Thiago Guimarães Ferreira Lima, Marcela Tannuri Falcão e Matheus Brandão de Amorim.
Da redação