Fuzilamento: EUA retomam método após 15 anos!

A Carolina do Sul executou nesta sexta-feira, 7, Brad Sigmon, condenado por dois assassinatos, utilizando um pelotão de fuzilamento. Este é o primeiro caso do uso desse método nos Estados Unidos em 15 anos.

Brad Sigmon, de 67 anos, optou pelo fuzilamento temendo que outras alternativas, como a cadeira elétrica ou a injeção letal, pudessem resultar em uma morte mais lenta e dolorosa. A execução ocorreu na câmara do Departamento de Correções da Carolina do Sul, em Columbia.

Sigmon foi condenado por espancar até a morte William e Gladys Larke, pais de sua ex-namorada, em 2001, utilizando um taco de beisebol.

Durante a execução, Sigmon foi amarrado a uma cadeira em um compartimento de aço, com um capuz sobre a cabeça e um alvo fixado sobre seu coração. Três executores dispararam contra ele a uma distância de 4,5 metros.

"um pedido aos meus companheiros cristãos para nos ajudar a acabar com a pena de morte." disse Sigmon em sua última declaração, lida por seu advogado, Bo King.

Testemunhas relataram que Sigmon vestia um macacão preto e que os tiros foram disparados simultaneamente, causando comoção entre os presentes. Após os disparos, Sigmon respirou duas vezes e uma mancha de sangue apareceu em seu peito. Ele foi declarado morto cerca de três minutos depois.

A Suprema Corte dos EUA rejeitou o último recurso de Sigmon poucas horas antes da execução. O recurso questionava a recusa da Carolina do Sul em compartilhar informações sobre o protocolo de injeção letal.

"teve de decidir se morreria pelo pelotão de fuzilamento, sabendo que as balas quebrariam os ossos do seu peito e destruiriam seu coração, ou arriscaria uma execução de 20 minutos amarrado a uma maca com os pulmões cheios de sangue e fluidos", disse King, advogado de Sigmon, sobre a difícil escolha enfrentada por seu cliente. "Essa é uma escolha impossível."

Desde 1976, houve apenas três execuções por pelotão de fuzilamento nos EUA, todas em Utah. A injeção letal é o método mais comum, mas alguns estados enfrentam dificuldades para obter os medicamentos necessários.

*Reportagem produzida com auxílio de IA