Deputados federais que integram partidos da base do governo federal assinaram o pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após declarações comparando os ataques de Israel contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza ao Holocausto.
No pedido, encabeçado pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), os parlamentares apontam que tais declarações configuram um crime de responsabilidade de acordo com o Artigo 5º da Constituição Federal.
Eles acusam o presidente de "cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade". Até o momento, o pedido já foi assinado por mais de 90 deputados federais (veja aqui quem são os apoiadores).
A lista conta com parlamentares de 9 partidos diferentes, sendo quatro com relação direta ao governo, após a indicação de ministros filiados a partidos como União Brasil, Republicanos, PP e PSD.
Entre os deputados que defendem o impeachment do presidente, constam conforme o partido:
PL - 65
União Brasil - 10
PP - 6
Novo - 3
Republicanos - 2
PRD - 2
PSD - 2
Cidadania - 1
Podemos - 1
"Lula incentiva a injúria racial e incorre em crime de responsabilidade previsto no art 5° da Constituição Federal, o que corrobora também com a fala do primeiro-ministro de Israel que demonstrou de imediato seu veemente repúdio. Isso enseja o pedido de impeachment que estamos apresentando contra o mandatário da nossa nação, que expôs-nos a perigo de guerra, como medida da aplicação da mais inteira e urgente Justiça", explica Zambelli, em nota enviada à Gazeta do Povo.
A admissão do pedido de impeachment depende da aprovação do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Caso seja aprovado, o pedido é despachado à Comissão Especial, que será formada dentro de 48 horas. Admitido o impeachment, o denunciado é comunicado e tem até 10 sessões para se manifestar antes da votação em plenário.