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Ataque que incendiou ônibus em João Pessoa foi planejado por facção para incriminar organização rival, diz polĂ­cia

De acordo com a polĂ­cia, o mandante do crime planejava expandir território da facção carioca na Região Metropolitana de João Pessoa e ordenou roubos e homicĂ­dios, alĂ©m de liderar o trĂĄfico de drogas na cidade de Bayeux.

Por J1 em 21/02/2024 às 20:41:27

O ataque que incendiou um ônibus e matou o motorista em João Pessoa, em julho de 2023, foi planejado pelo Comando Vermelho para incriminar a facção paraibana Okaida e tentar forçar as forças de segurança a transferirem o chefe rival para um presídio fora do estado, com objetivo de enfraquecĂȘ-la. O plano foi confirmado pelo delegado do Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), Diego Beltrão.

O suspeito de ordenar o ataque foi preso nesta quarta-feira (20), no Rio de Janeiro. Lindemberg Vieira da Silva, de 34 anos, também é apontado como mandante de roubos e homicídios, além de liderar o trĂĄfico de drogas na cidade de Bayeux, localizada na Região Metropolitana de João Pessoa.

Conforme a investigação, Lindemberg atuava representando a facção criminosa carioca no estado da Paraíba, buscando a expansão de territórios. Os relatórios da investigação revelam que, no ano passado, o grupo cooptou alguns integrantes de uma facção específica da Paraíba e que estes membros foram levados para favelas do Rio de Janeiro para transmitir ordens aos traficantes paraibanos.

Suspeito de ordenar ataque que incendiou ônibus e matou motorista em João Pessoa é preso no RJ — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Suspeito de ordenar ataque que incendiou ônibus e matou motorista em João Pessoa é preso no RJ — Foto: Divulgação/Polícia Civil

De acordo com Beltrão, o homem seria responsĂĄvel por uma onda de violĂȘncia em Cabedelo e Bayeux e ordenou vĂĄrios assassinatos nos dois municípios. O delegado explicou que "todos os crimes relacionados a guerra entre as facções, e que tenham sido vítimas membros da facção paraibana, devem ter tido ordem dele".

Ainda segundo ele, o objetivo do ataque ao ônibus era culpar a facção paraibana e pressionar as forças de segurança da Paraíba a transferirem o chefe rival, que não teve o nome divulgado. O delegado ressaltou que ele estĂĄ preso na PenitenciĂĄria de Segurança MĂĄxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes, conhecida como PB1.

Com a transferĂȘncia do chefe rival para um presídio federal, por exemplo, a facção carioca acreditava que conseguiria enfraquecĂȘ-la e conquistar espaço na Região Metropolitana de João Pessoa, segundo o delegado Diego Beltrão.

O delegado Diego Beltrão também disse que a transferĂȘncia de Lindemberg Vieira da Silva para a Paraíba foi solicitada. De acordo com ele, a expectativa é que o chefe da facção seja transferido porque não houve flagrante e ele não responde a crimes no Rio de Janeiro.

Relembre o caso

Na noite do dia 18 de julho dois homens armados invadiram o coletivo que faz a a linha 600, entre os bairros de Bessa e Varadouro. Na ação, eles obrigaram o motorista e cinco passageiros a permanecerem no ônibus, atiraram garrafas com combustível e atearam fogo.

A PM foi acionada e resgatou as trĂȘs vítimas, que foram levadas para o Hospital de EmergĂȘncia e Trauma de João Pessoa. As outras duas pessoas que estavam no ônibus conseguiram fugir antes que as chamas consumissem o veículo.

Motorista e passageiros pulam de ônibus em chamas após ataque em João Pessoa; vídeo

Entre os feridos estava uma passageira de 27 anos e um passageiro de 30 anos com ferimentos leves que tiveram alta do hospital ainda na madrugada do dia 18 de julho.

O motorista do ônibus fazia a rota na linha 600, entre os bairros de Bessa e Varadouro, hĂĄ 5 anos. Conhecido como Silvano da Silva e vinculado ao consórcio Unitrans, o homem teve 54% de seu corpo queimado no ataque ao coletivo. Segundo o Hospital de Trauma, ele teve queimaduras no rosto, braços e tórax.

As chamas consumiram o ônibus em poucos minutos e o fogo também atingiu a rede de energia elétrica, deixando parte do bairro sem energia. A ação dos criminosos não ficou registrada em vídeo porque a câmera de segurança presente no coletivo não transmite imagens e foi destruída pelo fogo.


Fonte: Da Redação com g1

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