Um estudante de medicina de 22 anos foi denunciado pelo Ministério Público por dirigir bêbado, atropelar e matar o entregador Pedro Rocha da Silva, de 47 anos. Ele vai responder por homicídio doloso duplamente qualificado e embriaguez ao volante. Caso seja condenado, pode receber pena de mais de 10 anos de prisão.
O nome do suspeito não foi divulgado, por isso o g1 não conseguiu contato com a defesa.
O atropelamento aconteceu no dia 18 de setembro de 2022, em Araguaína, no norte do Tocantins. Pedro tinha encerrado o expediente e retornava para casa quando foi atropelado.
Segundo as investigações, o motorista estava embriagado e teria tentado prestar socorro fazendo uma massagem cardíaca no pescoço da vítima.
"O denunciado, ao conduzir o seu veículo automotor sob o efeito de álcool, em alta velocidade e desrespeitando a preferencial e a sinalização da via, assumiu o risco de provocar a morte da vítima", comentou o delegado Luís Gonzaga da Silva Neto, responsável pela investigação do caso.
Acidente aconteceu em cruzamento de Araguaína — Foto: PM/Divulgação
Com base na investigação da Polícia Civil, a promotoria de Justiça entendeu que o estudante assumiu o risco de provocar a morte da vítima quando dirigiu sob o efeito de álcool, em alta velocidade e desrespeitando a preferencial e a sinalização da via.
Agora, o caso segue na 1ª Vara Criminal da Comarca de Araguaína, responsável pelo processo e julgamento de crimes dolosos contra vida. Como o estudante foi denunciado por homicídio doloso duplamente qualificado, o caso pode ser julgado pelo Tribunal do Júri.
Segundo a polícia, o entregador trafegava pela avenida Sadoc Correia e ao passar pelo cruzamento com a avenida Paranaíba, foi atingido por um carro, dirigido pelo universitário, que estava em alta velocidade e não teria respeitado a sinalização de 'PARE'.
Por causa do impacto a vítima foi arremessada em uma árvore que fica do outro lado da via e morreu no local. Em imagens é possível ver que a moto ficou completamente destruída e o carro chegou a capotar ficando com as rodas viradas para cima.
Por causa da colisão a vítima ficou com lesões graves. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) esteve no local, mas apenas constatou a morte do motociclista. O corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML).
Após o acidente, o motorista precisou se abrigar dentro da ambulância até a chegada da polícia para não ser linchado pela população. Na delegacia foi verificado que ele estava com visíveis sinais de embriaguez e, inclusive, não conseguiu fazer o teste do bafômetro.
Durante as investigações, os policiais foram informados por testemunhas que o suspeito teria saído do veículo e tentado fazer uma massagem cardíaca no pescoço da vítima. Segundo a polícia, ele ainda teria pegado um refrigerante de dois litros que estava na bolsa do motoboy e tomado no local, para tentar reduzir o seu estado etílico.
A polícia ainda afirmou que o crime se enquadrada como dolo eventual, quando há intenção de matar, pois ele "assumiu o risco de produzir a morte da vítima, que não teve qualquer possibilidade de defesa, tratando-se inclusive de crime hediondo".
Fonte: Da Redação