O suspeito de ordenar um ataque que incendiou um ônibus e matou o motorista, em João Pessoa, Lindemberg Vieira, que estava preso no Rio de Janeiro desde fevereiro, foi transferido para a Paraíba neste sábado (23). As informações são da Polícia Civil.
O homem é apontado pela polícia como chefe do Comando Vermelho na Paraíba, e determinava a realização de ataques, roubos e homicídios, além de liderar o tráfico de drogas na cidade de Bayeux, na Grande João Pessoa.
De acordo com a polícia, Lindemberg Vieira vai ficar preso na Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes, mais conhecida como PB1, em João Pessoa. O suspeito foi conduzido para a Paraíba por policiais da Delegacia de Repressa?o ao Crime Organizado (Draco) e ao chegar em solo paraibano foi escoltado por policiais penais.
O ataque ao ônibus aconteceu no dia 18 de julho de 2023, no bairro do Padre Zé, na capital paraibana. Passageiros ficaram feridos e o motorista teve 54% do corpo queimado, morrendo dias depois no hospital. No dia 7 de novembro de 2023, sete pessoas foram indiciadas por envolvimento no caso. Dos envolvidos no crime, quatro estão presos, dois estão foragidos e um morreu em briga entre facções.
Ônibus ficou completamente destruído após ser incendiado com passageiros e motorista dentro, em João Pessoa — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco
Lindemberg havia fugido para se esconder no Complexo do Chapadão, onde foi preso em 21 de fevereiro, segundo a polícia. Contra ele, foram cumpridos dois mandados de prisão por tráfico de drogas, associação ao tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.
Conforme investigação feita pelas duas polícias, Lindemberg atuava representando a facção criminosa carioca no estado da Paraíba, buscando a expansão de territórios. Os relatórios da investigação revelam que, no ano passado, o grupo cooptou alguns integrantes de uma facção específica da Paraíba e que estes membros foram levados para favelas do Rio de Janeiro para transmitir ordens aos traficantes paraibanos.
Ônibus é incendiado e passageiros e motorista são impedidos de sair do veículo
Na noite do dia 18 de julho dois homens armados invadiram o coletivo que faz a a linha 600, entre os bairros de Bessa e Varadouro. Na ação, eles obrigaram o motorista e cinco passageiros a permanecerem no ônibus, atiraram garrafas com combustível e atearam fogo.
A PM foi acionada e resgatou as três vítimas, que foram levadas para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. As outras duas pessoas que estavam no ônibus conseguiram fugir antes que as chamas consumissem o veículo.
Entre os feridos estava uma passageira de 27 anos e um passageiro de 30 anos com ferimentos leves que tiveram alta do hospital ainda na madrugada do dia 18 de julho.
O motorista do ônibus fazia a rota na linha 600, entre os bairros de Bessa e Varadouro, há 5 anos. Conhecido como Silvano da Silva e vinculado ao consórcio Unitrans, o homem teve 54% de seu corpo queimado no ataque ao coletivo. Segundo o Hospital de Trauma, ele teve queimaduras no rosto, braços e tórax.
As chamas consumiram o ônibus em poucos minutos e o fogo também atingiu a rede de energia elétrica, deixando parte do bairro sem energia. A ação dos criminosos não ficou registrada em vídeo porque a câmera de segurança presente no coletivo não transmite imagens e foi destruída pelo fogo.
Fonte: Da Redação