O j1 teve acesso à fotografia de registro de Robinho na Penitenciária em Tremembé (SP), onde ele cumpre pena de 9 anos por estupro coletivo cometido contra uma mulher albanesa na Itália, em 2013. O ex-jogador, de 40 anos, foi preso na última quinta-feira (21) na cobertura onde morava em Santos, no litoral paulista, após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidir que ele deveria cumprir, no Brasil, a sentença em regime fechado a qual foi condenado pela Justiça italiana em 2022.
A defesa de Robinho disse ao g1 que está confiante com a soltura do ex-jogador. "Ele vai ficar preso infelizmente (na Páscoa) até que o Supremo (STF) de a ordem no sentido contrário [...]. Estou com confiança sim de que o supremo reverta a situação [conceda liminar para responder o julgamento em liberdade]", disse o advogado José Eduardo Alckmin.
Robinho foi preso 10 anos desde o crime. Nos últimos dois anos, já condenado pela Justiça italiana, permaneceu em liberdade no Brasil, onde levou uma vida normal, com direito a praia, futebol, churrasco.
A Justiça italiana, à princípio, tentou fazer com que o ex-jogador cumprisse a pena de 9 anos no país europeu, mas, por ele estar no Brasil, que não extradita seus cidadãos, o governo da Itália homologou um pedido para que o ex-jogador fosse preso em solo brasileiro.
A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) recebeu a demanda e, na noite de quarta-feira (20), decidiu pela condenação dele em regime fechado.
Veja como foram as últimas horas de Robinho antes da prisão:
Carro da Polícia Federal deixa prédio do ex-jogador Robinho, no bairro Aparecida, em Santos (SP) — Foto: Daniela Rucio/g1
No dia seguinte à prisão, após o STF ter indeferido o pedido de habeas corpus de Robinho, o advogado José Eduardo Alckmin entrou com agravo regimental (tipo de recurso) no Supremo Tribunal Federal para solicitar que o relator reconsidere a decisão ou encaminhe o caso ao Pleno ou à Turma. Ainda não foi tomada uma decisão.
"O STF, quanto à possibilidade de prisão antes do trânsito em julgado, deixou claro que a Constituição brasileira atribui valor máximo à liberdade do indivíduo. É regra que não pode ser alterada por ninguém a de que a prisão só é possível quando não couber mais recurso. Por que isso seria diferente em casos de decisão estrangeira? A ser assim, não passaria esse tipo de decisão a valer mais que que as decisões brasileiras?", informou a defesa.
Robinho foi preso em um prédio no bairro Aparecida, em Santos, onde tem um apartamento na cobertura — Foto: Addriana Cutino/g1
O crime de violência sexual coletiva ocorreu em 2013, quando Robinho era um dos principais jogadores do Milan, clube de Milão, na Itália. Nove anos após o caso, em 19 de janeiro de 2022, a justiça daquele país o condenou em última instância a cumprir a pena estabelecida.
Robinho foi condenado após ter estuprado junto com outros cinco homens uma mulher albanesa em uma boate em Milão. A vítima, inclusive, estava inconsciente devido ao grande consumo de álcool. Os condenados alegam que a relação foi consensual.
Fonte: Da Redação