A nova estação, que é parte da chamada Adutora do Agreste, um braço da transposição do Rio São Francisco, irá levar água a 68 municípios de uma das regiões mais secas do país.
No dia seguinte, estava previsto na agenda outro destino emblemático: a vistoria de obras da Ferrovia Transnordestina, que irá ligar o porto de Pecém, no Ceará, ao Piauí, de onde se conectará à Ferrovia Norte-Sul.
A recente ida ao Nordeste é só mais uma na extensa agenda do petista na região.
Ela inclui dezoito viagens em 2023 e cinco neste ano — nenhuma outra parte do país recebeu tantas visitas dele.
Mas o movimento é compreensível: tradicional trincheira da esquerda, o eleitorado nordestino dá mostras de que a simpatia com Lula e o governo já não é mais a mesma de outros tempos.
A constatação da existência de rachaduras na muralha vermelha vem de todo lado. Pesquisas recentes de três institutos (Ipec, AtlasIntel e Paraná Pesquisas) mostram que a aprovação ao terceiro mandato do petista recuou acima de dez pontos no Nordeste.
Outras três sondagens mostram que a corrosão dessa boa vontade avançou bastante nas três maiores cidades da região: Fortaleza, Salvador e Recife. Na capital cearense, a insatisfação com o governo cresceu dezessete pontos em um ano, segundo o Paraná Pesquisas.
Fonte: Da Redação