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EmpresĂĄrio acusado de agressão por motoboy pede desculpas: 'Foi um erro meu'

PossĂ­veis agressões fizeram com que mais de cem profissionais fossem atĂ© a academia para protestar na quarta-feira (1Âș). Motoboy promete processar o agressor.

Por J1 em 03/05/2024 às 10:19:51

O empresĂĄrio dono de uma academia no bairro do CuiĂĄ, em João Pessoa, identificado como Anderson Silva, suspeito de ter agredido um motoboy, se desculpou nas redes sociais por meio de um vĂ­deo publicado nesta quinta-feira (2). O motoboy prometeu processar o empresĂĄrio.

No vĂ­deo, o empresĂĄrio disse que apenas empurrou o motoboy e que não tem nada contra a classe dos motoboys.

"Vim aqui primeiramente pedir desculpas, porque eu empurrei ele, não tenho nada contra a classe dos motoboys. Sou trabalhador, pai de famĂ­lia, igual a todo mundo. Venho falar para vocĂȘs que foi um erro meu que aconteceu, eu empurrei o cara, que se sentiu agredido e estĂĄ com a razão dele", disse.

Em nota divulgada pela defesa do motoboy identificado como Antônio Caio Borja, foi informado que um boletim de ocorrĂȘncia foi feito junto à polĂ­cia. A nota afirma também que o "motoboy estĂĄ muito abalado".

A PolĂ­cia Civil intimou tanto o dono da academia quanto o motoboy para prestarem depoimento, após a confusão da quarta-feira.

O caso provocou revolta e, cerca de 100 outros entregadores foram ao local para protestar após a confusão. Nesta quinta-feira, outro protesto da classe de motoboys aconteceu em João Pessoa.

De acordo com a polĂ­cia, a confusão se iniciou depois que o dono do estabelecimento fez o pedido de um jantar por um aplicativo de entrega. A vĂ­tima, que trabalha com esse serviço, foi até o local e, na hora da entrega, perguntou o código de recebimento, que é requisito obrigatório para que o negócio seja consumado. Foi quando o dono do estabelecimento se negou a dar o nĂșmero e se irritou quando a vĂ­tima avisou que não poderia lhe entregar o produto.

Ao longo de toda a abordagem, o motoboy gravou a cena com um celular. DĂĄ para ver o homem irritado, primeiro intimidando o motoboy e depois o agredindo. Quando a vĂ­tima diz que vai processar o dono da academia, ele sofre mais agressões.

Ao sair do local, o motoboy relatou em um grupo de conversa por aplicativo formado apenas por motoboys as agressões, o que causou revolta na categoria.

Assim, cerca de cem motociclistas foram até o estabelecimento comercial e fizeram um protesto. A PolĂ­cia Militar da ParaĂ­ba foi acionada e, segundo os motoboys, dispersou os trabalhadores com violĂȘncia.

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