O empresĂĄrio dono de uma academia no bairro do CuiĂĄ, em João Pessoa, identificado como Anderson Silva, suspeito de ter agredido um motoboy, se desculpou nas redes sociais por meio de um vĂdeo publicado nesta quinta-feira (2). O motoboy prometeu processar o empresĂĄrio.
No vĂdeo, o empresĂĄrio disse que apenas empurrou o motoboy e que não tem nada contra a classe dos motoboys.
"Vim aqui primeiramente pedir desculpas, porque eu empurrei ele, não tenho nada contra a classe dos motoboys. Sou trabalhador, pai de famĂlia, igual a todo mundo. Venho falar para vocĂȘs que foi um erro meu que aconteceu, eu empurrei o cara, que se sentiu agredido e estĂĄ com a razão dele", disse.
Em nota divulgada pela defesa do motoboy identificado como Antônio Caio Borja, foi informado que um boletim de ocorrĂȘncia foi feito junto à polĂcia. A nota afirma também que o "motoboy estĂĄ muito abalado".
A PolĂcia Civil intimou tanto o dono da academia quanto o motoboy para prestarem depoimento, após a confusão da quarta-feira.
O caso provocou revolta e, cerca de 100 outros entregadores foram ao local para protestar após a confusão. Nesta quinta-feira, outro protesto da classe de motoboys aconteceu em João Pessoa.
De acordo com a polĂcia, a confusão se iniciou depois que o dono do estabelecimento fez o pedido de um jantar por um aplicativo de entrega. A vĂtima, que trabalha com esse serviço, foi até o local e, na hora da entrega, perguntou o código de recebimento, que é requisito obrigatório para que o negócio seja consumado. Foi quando o dono do estabelecimento se negou a dar o nĂșmero e se irritou quando a vĂtima avisou que não poderia lhe entregar o produto.
Ao longo de toda a abordagem, o motoboy gravou a cena com um celular. DĂĄ para ver o homem irritado, primeiro intimidando o motoboy e depois o agredindo. Quando a vĂtima diz que vai processar o dono da academia, ele sofre mais agressões.
Ao sair do local, o motoboy relatou em um grupo de conversa por aplicativo formado apenas por motoboys as agressões, o que causou revolta na categoria.
Assim, cerca de cem motociclistas foram até o estabelecimento comercial e fizeram um protesto. A PolĂcia Militar da ParaĂba foi acionada e, segundo os motoboys, dispersou os trabalhadores com violĂȘncia.