A Polícia Federal (PF) informou neste sábado (5) que as ações de combate a crimes eleitorais realizadas em 2024, até o momento, levaram à apreensão de R$ 46 milhões em bens e valores — dos quais R$ 20 milhões são dinheiro em espécie.
Segundo a corporação, esses recursos estão ligados a crimes cometidos por pessoas durante a campanha para as eleições municipais de 2024.
Nos últimos meses, foram deflagradas mais de 40 operações de combate a crimes eleitorais no país.
Além disso, estão em curso cerca de 2.200 inquéritos para investigar esse tipo de delito e ações criminosas contra o Estado Democrático de Direito.
Na sexta-feira (4), a PF prendeu três suspeitos, dos quais dois são servidores públicos, acusados de sacar R$ 5 milhões em espécie para a compra de votos em um candidato no município de Castanhal, no Pará.
A informação foi publicada no blog da Camila Bomfim, no j1, e a corporação não informou a identidade do candidato que seria beneficiado pela ação criminosa.
Também na sexta, um homem suspeito de integrar a campanha de um candidato a prefeito do município de Cabo Santo Agostino, em Pernambuco, foi preso em flagrante, acusado de tentar comprar votos de eleitores com cestas básicas.
No Maranhão, um concorrente à Câmara de Vereadores do município de Mata Roma foi detido, também por corrupção eleitoral. Ele estava portando R$ 8,5 mil divididos em envelopes com R$ 150 e R$ 400, e tinha como objetivo a compra de votos de cidadãos da cidade.
Em São Gabriel da Cachoeira (AM), pessoas ligadas à administração municipal e candidatos a vereador na cidade foram alvo de operação da PF para apurar suposta distribuição irregular de combustíveis.
O esquema, segundo as investigações, envolve empresários da região e beneficiaria diretamente um grupo político que concorre a cargos eletivos na cidade. Os suspeitos foram presos e o posto de gasolina teve as atividades suspensas.
Na noite desta quinta-feira (3), a Polícia Federal apreendeu R$ 1,8 milhão em espécie. O dinheiro foi encontrado em dois veículos estacionados na garagem de um centro empresarial na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Durante a operação, os policiais federais cumpriram dois mandados de busca e apreensão em sedes de empresas no Rio de Janeiro. O dono de uma delas é investigado por suspeita de envolvimento em corrupção eleitoral e lavagem de dinheiro.
Na quarta-feira (2), a PF prendeu em flagrante um homem com R$ 1,9 milhão em espécie em um estacionamento no Centro de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Segundo as informações e os documentos apreendidos com o suspeito, o dinheiro seria destinado à prática de corrupção eleitoral.
Fonte: Da redação