A Vigilância Sanitária da Paraíba (Agevisa) interditou nesta semana três setores essenciais do Hospital Municipal de Pedras de Fogo, causando um impacto significativo nos serviços de saúde da cidade. A decisão, baseada em irregularidades graves, resultou no fechamento do bloco cirúrgico, da lavanderia e da Central de Material e Esterilização (CME). Como consequência, cirurgias foram adiadas, e o atendimento hospitalar praticamente está paralisado, gerando revolta e preocupação entre os moradores.
Segundo o relatório da Agevisa, os setores interditados apresentavam condições inadequadas para o funcionamento, colocando em risco a segurança de pacientes e profissionais. Problemas estruturais, falta de equipamentos apropriados e falhas no cumprimento de protocolos sanitários foram destacados como motivos da interdição. No caso do bloco cirúrgico, a ausência de esterilização adequada e a contaminação de materiais foram determinantes para a decisão.
Já a lavanderia, que deveria garantir roupas hospitalares higienizadas, apresentou falhas graves no processo de lavagem e armazenamento. A Central de Material e Esterilização, por sua vez, foi considerada inadequada para garantir a assepsia dos instrumentos médicos utilizados nos procedimentos.
Com as interdições, as cirurgias agendadas foram suspensas, incluindo procedimentos de urgência, o que coloca vidas em risco. Pacientes com consultas e exames também enfrentam incertezas, uma vez que o hospital não tem previsão de retomada das atividades nos setores afetados. Muitos moradores relataram que têm recorrido a cidades vizinhas em busca de atendimento, agravando a sobrecarga de outros municípios.
O episódio intensificou a pressão sobre o Secretário de Saúde do município, Henrique Rodrigues, que enfrenta duras críticas da população e de lideranças políticas locais. Muitos questionam a falta de fiscalização prévia e a incapacidade de prevenir uma situação de tamanha gravidade. Em declaração, o secretário afirmou que já está buscando soluções emergenciais e planeja a reforma dos setores interditados, mas não apresentou um prazo concreto para a reabertura.
A Agevisa ressaltou que os setores interditados só poderão ser reabertos após uma rigorosa inspeção que comprove a resolução de todas as irregularidades. Enquanto isso, a população segue sem acesso a serviços essenciais de saúde, aumentando a tensão e a insatisfação no município.
A situação no Hospital Municipal de Pedras de Fogo é mais um exemplo da fragilidade no sistema público de saúde, exigindo ações imediatas para garantir o direito básico de acesso a uma saúde segura e eficiente. Moradores esperam por soluções urgentes, enquanto o tempo segue sendo um fator crítico para aqueles que precisam de atendimento imediato.
Até o fechamento desta edição, não conseguimos contato com o Secretário de Saúde Henrique Rodrigues, o prefeito ou sua assessoria para comentar sobre o caso.
Fonte: Da redação