Dois irmãos, acusados de matar e 'enterrar' o corpo de Luydiana Jamelle Miranda Barreto em uma cama de cimento no bar em que trabalhava, no município de Pedras de Fogo, serão levados a júri popular. O crime aconteceu no dia 4 de outubro, quando a vítima desapareceu, e o corpo só foi encontrado uma semana depois. O julgamento do caso de feminicídio foi confirmado pelo Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), nesta segunda-feira (1º).
O julgamento de Carlos Antônio da Silva e Sérgio Francisco da Silva está marcado para o dia 16 de maio e será presidido pela juíza titular Higyna Josita Simões de Almeida.
O g1 não conseguiu localizar a defesa de Carlos Antônio da Silva e Sérgio Francisco da Silva.
De acordo com a denúncia, os irmãos espancaram a vítima e causaram lesões em várias partes do seu corpo, inclusive, na parte posterior da cabeça, o que tornou sua defesa impossível. A morte teria sido por asfixia mecânica, estrangulamento, conforme a certidão de óbito que consta nos autos do processo.
Os homens colocaram o corpo da vítima dentro de uma estrutura que servia como base de uma cama, concretaram com cimento e colocaram um colchão em cima. A corpo da vítima foi encontrado no dia 11 de outubro, dentro do bar em que ela trabalhava.
Bar onde corpo de mulher foi encontrado sem vida em Pedras de Fogo, PB — Foto: Sílvia Torres/TV Cabo Branco
Um mês após o crime, o delegado Marcos Alves, que investigou o caso, afirmou ao g1 que suspeita que a motivação do crime foi ciúmes, além de brigas pela administração de um bar.
Na época, equipes policiais realizaram uma inspeção no bar e, ao investigar um dos quartos, encontraram uma cama feita de cimento recente, que não estava no padrão das outras camas de alvenaria. Ao quebrarem a cama, encontraram o corpo da vítima.
De acordo com o delegado, Luydiane terminou o relacionamento com Sérgio Francisco da Silva e se encontrou com outro homem na noite do crime, o que teria causado ciúmes no suspeito. A família da vítima também relatou na época que o bar gerou discussões entre ela e o cunhado, identificado como Carlos Antônio da Silva.
A mãe de Luydiane informou que a vítima morava em Pedras de Fogo com o namorado há um mês e os dois cuidavam de um bar, que seria do irmão dele. O cunhado queria o bar de volta, então passou a ameaçá-la. Segundo Marcos Alves, o nome da vítima constava no contrato de aluguel do estabelecimento, mas antes o documento registrava o nome do cunhado, que se sentiu lesado e excluído do negócio. Os dois homens trabalhavam atendendo clientes.
Fonte: Da Redação com g1