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Prefeito de João Pessoa diz que apoia investigação da PF sobre atuação de grupo criminoso em órgãos pĂșblicos

CĂ­cero Lucena afirmou que se for comprovada a ligação de servidores com os crimes apontados pela PF eles serão punidos. Filha do prefeito, que tambĂ©m Ă© secretĂĄria executiva de SaĂșde, estĂĄ entre os alvos.

Por J1 em 04/05/2024 às 18:24:23

O prefeito de João Pessoa, CĂ­cero Lucena (PP), afirmou que darĂĄ apoio à PolĂ­cia Federal para que sejam apuradas as suspeitas de envolvimento de servidores municipais com uma facção criminosa, objeto da operação Mandare, deflagrada nesta sexta-feira (2) pela PolĂ­cia Federal. Até o final da manhã desta sexta (2) foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão pela operação, entre eles nas secretarias de SaĂșde e Direitos Humanos da capital, e na residĂȘncia da secretĂĄria executiva de SaĂșde da capital paraibana e filha do prefeito, Janine Lucena.

"Nós temos mais de 27 mil servidores na Prefeitura. O que eu espero é que a polĂ­cia apure se eventualmente existir servidores entre esses suspeitos, para que caso eles tenham alguma culpa sejam devidamente responsabilizados", disse o prefeito.

Em relação ao suposto envolvimento da sua filha, o prefeito disse que a investigação seria apenas por ter sido registrado em seu celular o recebimento de uma ligação proveniente de uma pessoa que estava dentro de um presĂ­dio. "Ela é uma mulher pĂșblica. Se vocĂȘ ligar, ela lhe atende. Mais que isso não existe nada", disse CĂ­cero Lucena.

De acordo com as investigações, um preso, cujo celular foi apreendido, teria posição de liderança na organização criminosa Nova Okaida, tendo articulado a obtenção de vantagens em órgãos pĂșblicos.

A PF aponta que homem, preso na PenitenciĂĄria de Segurança MĂĄxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes, o PB1, conseguiu indicar pessoas para a ocupação de cargos, em troca de dar apoio para que agentes municipais conseguissem adentrar em comunidades controladas ou que sofrem influĂȘncia do crime organizado.

Operação Mandare

As informações que desencadearam a o operação foram coletadas a partir da quebra de sigilo telefônico e telemĂĄtico do preso.

A suspeita de irregularidades apontam para as secretarias municipais de SaĂșde e de Direitos Humanos e Cidadania de João Pessoa e a Empresa de Limpeza Urbana (Emlur).

Em nota, divulgada na manhã desta sexta, a Prefeitura afirmou que se coloca à disposição para cooperar integralmente com as investigações. "O Poder Executivo Municipal reitera que condena veementemente qualquer tipo de ato ilĂ­cito e que determinou a instauração de procedimento administrativo para apurar a responsabilidade dos servidores citados na investigação", diz a nota.

A operação foi batizada de Mandare e contou com o apoio da PolĂ­cia Militar da ParaĂ­ba. Participaram das diligĂȘncias 44 policiais federais e 40 policiais militares.

Fonte: Da Redação

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