O prefeito de João Pessoa, CĂcero Lucena (PP), afirmou que darĂĄ apoio à PolĂcia Federal para que sejam apuradas as suspeitas de envolvimento de servidores municipais com uma facção criminosa, objeto da operação Mandare, deflagrada nesta sexta-feira (2) pela PolĂcia Federal. Até o final da manhã desta sexta (2) foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão pela operação, entre eles nas secretarias de SaĂșde e Direitos Humanos da capital, e na residĂȘncia da secretĂĄria executiva de SaĂșde da capital paraibana e filha do prefeito, Janine Lucena.
"Nós temos mais de 27 mil servidores na Prefeitura. O que eu espero é que a polĂcia apure se eventualmente existir servidores entre esses suspeitos, para que caso eles tenham alguma culpa sejam devidamente responsabilizados", disse o prefeito.
Em relação ao suposto envolvimento da sua filha, o prefeito disse que a investigação seria apenas por ter sido registrado em seu celular o recebimento de uma ligação proveniente de uma pessoa que estava dentro de um presĂdio. "Ela é uma mulher pĂșblica. Se vocĂȘ ligar, ela lhe atende. Mais que isso não existe nada", disse CĂcero Lucena.
De acordo com as investigações, um preso, cujo celular foi apreendido, teria posição de liderança na organização criminosa Nova Okaida, tendo articulado a obtenção de vantagens em órgãos pĂșblicos.
A PF aponta que homem, preso na PenitenciĂĄria de Segurança MĂĄxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes, o PB1, conseguiu indicar pessoas para a ocupação de cargos, em troca de dar apoio para que agentes municipais conseguissem adentrar em comunidades controladas ou que sofrem influĂȘncia do crime organizado.
As informações que desencadearam a o operação foram coletadas a partir da quebra de sigilo telefônico e telemĂĄtico do preso.
A suspeita de irregularidades apontam para as secretarias municipais de SaĂșde e de Direitos Humanos e Cidadania de João Pessoa e a Empresa de Limpeza Urbana (Emlur).
Em nota, divulgada na manhã desta sexta, a Prefeitura afirmou que se coloca à disposição para cooperar integralmente com as investigações. "O Poder Executivo Municipal reitera que condena veementemente qualquer tipo de ato ilĂcito e que determinou a instauração de procedimento administrativo para apurar a responsabilidade dos servidores citados na investigação", diz a nota.
A operação foi batizada de Mandare e contou com o apoio da PolĂcia Militar da ParaĂba. Participaram das diligĂȘncias 44 policiais federais e 40 policiais militares.
Fonte: Da Redação