O homem que morreu em ação da Polícia Militar após manter namorada em cárcere privado era agente de trânsito da Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM) de Goiânia. Segundo a PM, ao ser abordado, Vinícius Brito, de 40 anos, reagiu à ação dos militares.
Em uma nota de pesar, a secretaria informou que "agradecemos imensamente o tempo em que pudemos conviver com o agente Vinícius, que será sempre lembrado pelo profissionalismo, honestidade, lealdade, inteligência e competência".
Agente da SMM morre em ação da PM após manter namorada em cárcere privado — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
O caso aconteceu no último domingo (31), no Setor Central. Segundo a Polícia Civil, vizinhos afirmaram ter ouvido gritos da vítima e acionaram a PM.
Ao chegarem ao local, os policiais encontraram a vítima sendo segurada pelo pescoço na sala do apartamento. A PM informou que, ao perceber a presença dos militares, o suspeito levou a namorada para o quarto, começou a dar socos na parede e em seguida tentou agredir os policiais, que atiraram.
Entenda o caso
Segundo testemunhas, Vinícius Brito estava em horário de folga do trabalho quando os vizinhos escutaram uma briga vindo de dentro do apartamento e acionaram a Polícia Militar. A polícia disse que, ao entrarem na residência, viram o homem agredindo a mulher e, em seguida, ele reagiu à ação da equipe e acabou sendo baleado.
Em relato à Polícia Militar, a vítima disse que ficou presa no apartamento por dois dias. Informou ainda que foi até ao local para encontrar o namorado e partir em direção a Pirenópolis, onde iriam fazer uma viagem durante o feriado de Páscoa, mas disse que Vinícius não a deixou sair.
À TV Anhanguera, uma moradora do prédio onde a vítima era mantida em cárcere, que preferiu não ser identificada, contou como ocorreu a ação dos policiais.
"Eu já acordei com eles arrombando a porta e pedindo pra ele [o suspeito] soltar a moça. Pediram pra ele não avançar e depois vieram os disparos. Primeiro um, depois vários" disse.
Familiares de Vinícius Brito foram até o local e relataram à TV Anhanguera que acreditavam que o homem estava em um surto psicótico, além de afirmarem que a ação dos policias foi violenta.
"Pode ser que ele estava passando por um surto psicótico e completamente sem o domínio da própria razão, pode ter ido, desarmado e não muito forte, ido pra cima de dois policiais armados. Eu acho que a balança de ameaça não fecha. A ação policial foi violenta", disse o familiar que preferiu não ser identificado.
A redação solicitou um posicionamento da Polícia Militar sobre a ação, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Da Redação com g1